quinta-feira, julho 14, 2005

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quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Resultado final: Blog em suporte papel

Agora que chega ao fim este blog para a disciplina de "Educação a Distância", resolvi imprimir todos os posts publicados por mim e respectivos comentários... Não vá o blog desaparecer por algum motivo, sempre fico com a recolha daquilo que foi o meu trabalho ao longo do semestre, e ao mesmo tempo uma espécie de recordação... Afinal de contas, foi o meu primeiro blog! Ainda pensei em imprimir os blogs dos colegas, mas achei que me ia dar muito trabalho... O que vou fazer é copiar os textos publicados pelos colegas para CD, porque eles constituem uma grande fonte de saberes e são o resultado do trabalho de um semestre. Comprometo-me a fazer isso colegas!
Despeço-me, meu querido blog@qui, com a esperança de que também tu tenhas sido útil para todos. Para mim, foi um prazer "criar-te" e "alimentar-te" de sabedoria.

Elisa Castro

Comentário final



Em meados de Outubro (de 2004), iniciei um novo percurso na minha vida. As colocações de professores parece que “andam pelas ruas da amargura”, o mercado de trabalho está difícil, por isso há que tentar novos caminhos. Decidi então fazer uma reestruturação do meu currículo, tendo para isso concorrido ao Mestrado na área da Tecnologia Educativa. No início não sabia muito bem o que me esperava, tinha apenas uma vaga ideia... Sabia que as Tecnologias estavam presentes e pouco mais. Sabia também que o meu desejo de há muito tempo era fazer uma especialização nesta área, visto que desde muito cedo desenvolvi o gosto por tudo o que tinha a ver com computadores... Sabia também que era um sonho... Um sonho que em Julho (de 2004) se tornou uma realidade quando soube que tinha sido admitida. Foi uma alegria como já há muito não tinha!
As aulas começaram. Conheci novos colegas, novos professores, revisitei a universidade que uns anos antes me havia acolhido e senti-me de novo em “casa”.
Agora que já passaram alguns meses, olho para trás e tento ver o que aprendi. Descubro que este foi um tempo de enriquecimento de conhecimentos. As coisas que eu já aprendi! Que bom que é aprender coisas novas!
No caso da disciplina de “Educação a distância”, penso que foram só surpresas desde a primeira aula... Deparar-me com aquela questão do “a distância” ou “à distância” foi para mim, professora de português, o meu grande dilema. Confesso que pesquisei aqui e ali, consultei gramáticas, troquei ideias com os colegas, só com o objectivo de tentar perceber o porquê de “a distância”. Aos poucos fui percebendo a razão, mas ainda hoje tenho uma certa dificuldade em argumentar a inexistência do acento!
Depois veio o blog... Blog?! Mas afinal o que é um blog? Mais uma descoberta. E pouco tempo depois nascia o
blog@qui, uma espécie de expressão em tom imperativo para pedir aos colegas comentários, muito comentários! Mas a falta de tempo... Sempre que pude fui espreitando e comentando os blogs dos colegas. Foram verdadeiros momentos de tertúlias bloguianas! Já sem falar nos momentos de “tortura” em que o objectivo era colocar uma imagem... Sempre dava um ar de sua graça! Mas com o tempo lá fomos aprendendo alguns truques e a “coisa” compôs-se! Hoje posso dizer que eu (e os meus colegas) estamos uns verdadeiros entendidos nestas andanças dos blogs... Quanto ao conteúdo dos mesmos, penso que o resultado final foi uma boa compilação de vários assuntos relacionados com a temática principal. Consultei o meu blog e tentei fazer um índice daquilo que fui publicando. O resultado foi este:
“Esta vida de professor” de Bernard Houot. Uma sugestão de leitura
“E-learning e e-conteúdos” de Jorge R. Lima e Zélia Capitão. Uma sugestão de leitura
Novas competências para o professor
Webmaster ou webmistress?
Ensino a distância: breve introdução histórica
Blogo, logo existo. Afinal, o que é um blog?
Les modes de diffusion du e-learning
Webfolio. Porta-folhas e hipertexto
As crianças e os adultos face ao computador
E-learning: vantagens/ desvantagens
A relação homem-computador
O computador e os afectos
O que é o LearningSpace?
Acesso ao quadro de discussão
Discussion Board
Aspecto geral da plataforma
O e-mail na plataforma
Aspecto do bar virtual
Opção “Ajuda no Bar Virtual
Qualificação do professor para a sociedade da informação
Actividade A – LearningSpace
O e-learning: uma nova forma de aprender
25 minutos sobre aprendizagem colaborativa
Para reflectir...
Mais-valias do e-learning
Características do e-learning
Destinatários do e-learning
Links de interesse
Algumas definições
Para reflectir... outra vez
“Cadernos E-learning”
“E-learning para e-formadores”
“Educação a Distância”
Learn by doing e peer cooching
Easy Education
Para quem já pensa nela... (na tese)
Para quem continua a pensar nela...
Casas tradicionais da Europa
Galeria dos pequenos artistas
A minha árvore favorita
Crivo
Plataforma Claroline
Os seis chapéus do raciocínio
Plataforma Fle3
E agora?
Paint by me
Módulo 1
Módulo 2
Módulo 3
Módulo 4
Serviços informativos dos SDUM

Fico satisfeita com o resultado final. Penso que fiz uma recolha de textos e temas interessantes, e tentei, na medida do possível, fazer o registo de conteúdos abordados nas aulas. Agora que olho para este mini-índice, recordo que inicialmente também não sabia o que era uma plataforma. Ouvia falar em plataformas e pensava que todos sabiam o que era menos eu! Com o decorrer das aulas, o conceito de plataforma foi-se clarificando, nomeadamente através do contacto com algumas plataformas. A minha plataforma de “baptismo” foi a LearningSpace, que apesar de me ter dado muitas dores de cabeça, serviu para compreender melhor esta dinâmica da formação a distância. Penso que teria sido deveras interessante experimentar uma sessão de formação a distância através da plataforma, mas como todos bem sabemos, “problemas de ordem técnica” não o permitiram. Problemas à parte, julgo que a experiência que tivemos durante as aulas foi esclarecedora. As próprias aulas foram, no meu entender, diversificadas do ponto de vista das actividades e estratégias, e contribuíram para a aquisição de conhecimentos diversificados e a partilha de experiências entre os alunos.
No que diz respeito ao desempenho da Doutora Maria João, quero realçar a forma como sempre soube conduzir e estruturar as aulas, o facto de disponibilizar material de apoio à disciplina e ainda por ter demonstrado um grande domínio de saberes e experiências, que em muito contribuíram para a nossa formação. Foi um prazer aprender “educação a distância”, e espero que a distância entre cada um de nós seja sempre minimizada através de um simples “clique”.Por último, congratulo os meus colegas que, apesar de todas as dificuldades, conseguiram estar sempre “presentes” nos respectivos blogs e levá-los até ao fim.

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Recursos Informativos dos SDUM



Não poderia deixar de fazer aqui uma referência à apresentação da Drª Augusta Xavier, acerca dos recursos disponíveis dos SDUM. A apresentação em questão foi útil para mim, uma vez que aprendi algumas estratégias de pesquisa na net que desconhecia.
Em relação aos recursos informativos, conhecia apenas a BGUM como biblioteca; desconhecia a BIEC e BCE. Relativamente à Biblioteca Digital, foi interessante explorar o Catálogo bibliográfico, o RepositóriUM, algumas bases de dados (ERIC), revistas electrónicas (B-on), entre outros.
No que diz respeito às estratégias de pesquisa, fiquei deveras surpreendida com o facto de haver técnicas que nos permitem chegar mais rapidamente à informação e filtrá-la, ou seja, escolher aquela que realmente nos interessa.
A informação disponibilizada no Powerpoint pela Drª Augusta resume bem os aspectos principais para se fazer uma boa pesquisa. Para quem não teve acesso a esta informação, e para quem quiser saber mais qualquer coisa, aqui fica um resumo dessas estratégias:



a) usar asterisco (*) quando se pretende pesquisar termos cuja raíz é comum;
Exemplo: Educa* recupera education, educational, etc.

b) usar ponto de interrogação (?) no meio ou no final de uma palavra para recuperar variantes de grafia;
Exemplo: colo?r recupera color e colour.

c) recorrer ao thesaurus ( lista de vocabulário controlado);

d) recorrer ao índice (lista alfabética de todos os termos pesquisáveis);

e) usar operadores e outros métodos de "filtrar" os resultados (operadores lógicos, como E, OU e NÃO. . .);

f) utilizar as ajudas existentes.

Módulo 4 - Formação a distância: o domínio do e-learning

Algumas definições de e-learning, pelos alunos de mestrado:

Ana Mafalda Ferreira
1. O E-learning consiste no recurso às novas tecnologias da informação e comunicação para fornecer, à distância, um conjunto de soluções para a aquisição e aperfeiçoamento de conhecimentos (Machado, 2001).
Referência:Machado, J. (2001). E-learning em Portugal. Lousã: FCA - Editora de Informática, Lda.
Referência on-line:
http://www.fca.pt/livros-html/downloads/e_learn_p.doc

Citação:
“Defino o e-Learning como a utilização das tecnologias de Internet para fornecer a distância um conjunto de soluções para o aperfeiçoamento ou a aquisição de conhecimentos e da aplicabilidade prática dos mesmos, com resultado na vida de cada um.”
Retirado de:
http://www.fca.pt/livros-html/downloads/e_learn_p.doc em 06/11/04

2. "e-Learning is the use of network technology to design, deliver, select, administer, and extend LEARNING." (Elliot Masie, 1999)
Citação encontrada in:
http://www.fpce.ul.pt/pessoal/ulfpcost/elearning05/ em 01/05/04
“E-Learning is the use of network technology to design, deliver, select, administer, and extend LEARNING” Masie, in Learnframe (2000)
Referência: Learnframe. (2000). Facts, Figures and Forces Behind E-learning.

3. “É a capacidade de uma pessoa participar num evento de aprendizagem utilizando a tecnologia como sistema de entrega de conteúdos.”(Afonso, A. 2003)
Apontamentos sobre E-learning retirados no Workshop: “E-learning: para uma aprendizagem flexível” realizado na Associação para o Desenvolvimento das Comunidades Locais no dia 28 de Maio de 2003, cuja formadora foi Drª Ana Paula Afonso (FPCEUC)

4. “Definição forte de “e-Learning” é: “O processo pelo qual, o aluno aprende através de conteúdos colocados no computador e/ou Internet e em que o professor, se existir, está à distância utilizando a Internet como meio de comunicação (síncrono ou assíncrono), podendo existir sessões presenciais intermédias.””
Retirado de:
http://campusvirtual.uminho.pt/uploads/celda_av04.pdf em 6/11/04

5. “Um sistema de e-Learning integra harmoniosamente conteúdos e metodologias formativas sobre uma plataforma tecnológica que permite fazer a gestão da formação online e do conhecimento. A distribuição do conhecimento pode ser feita por recurso a diferentes tecnologias e suportes como a sala de formação, o CDROM e o DVD, a internet/intranet e extranet e, mais recentemente, a televisão interactiva...”
Descubra mais em:
http://www.aprendernanet.com/artigos.asp?x1=93732522
Retirado de: http://e-conteudos.ubi.pt/destaques.asp?id=22214133

Blended Learning”O Blended Learning é a perfeita integração e combinação de diferentes tecnologias e metodologias de aprendizagem que vão de encontro às necessidades especificas das organizações e que cumprem os seus objectivos num todo. Entre estes diferentes métodos e tecnologias de aprendizagem incluem-se a auto-formação assíncrona, sessões síncronas pela Internet, os métodos tradicionais de aprendizagem presencial e outros meios convencionais de suporte à formação.”
Descubra mais em: http://www.saf.pt/artigos.asp?x1=76557087

EAD (Ensino a Distância)”Cenário educacional em que o Tutor e alunos estão separados pelo tempo, posição, ou ambos os factores. Os cursos de ensino à distância são levados a lugares remotos de forma síncrona ou assíncrona, incluindo correspondência escrita, texto, gráficos, áudio, vídeo, CD-ROM, televisão interativa e fax. O ensino a distância não exclui a aula tradicional. A definição de ensino a distância é mais ampla que a definição de e- Learning.”
Retirado de
http://e-conteudos.ubi.pt/glossario.asp#E em 06/11/04

Maria da Graça Magalhães
Defino o e-Learning como a utilização das tecnologias de Internet para fornecer a distância um conjunto de soluções para o aperfeiçoamento ou a aquisição de conhecimentos e da aplicabilidade prática dos mesmos, com resultado na vida de cada um.
O e-Learning é:
Baseado em rede, o que o torna capaz de suportar actualizações instantâneas, ter uma capacidade de armazenamento sem limitações de suporte físico e uma fiável distribuição e partilha de instrução e de informação.
Acessível pelo utilizador através de um computador ligado à Internet ou a uma intranet (ou extranet,...). É standard para que todos tenham acesso e não subsistam problemas técnicos de incompatibilidade entre computadores. Esses problemas existiram no século passado, com projectos obsoletos de CBT. Ainda no início deste milénio, marcado pela convergência, a imagem que temos do computador pessoal deverá sofrer tentativas constantes de integração com outros equipamentos audiovisuais e móveis, devido ao e-Learning ser baseado nas tecnologias de Internet, é a garantia do acesso universal.
http://www.fca.pt/livros-html/downloads/e_learn_p.doc

O e-learning representa uma nova metodologia de ensino/aprendizagem, permitindo uma grande flexibilidade espácio-temporal na relação entre a Instituição de Ensino, os professores e os alunos. É uma metodologia que introduz uma responsabilidade acrescida ao aluno na sua aprendizagem, e que, simultaneamente, permite ao professor o papel mais nobre de tutorar e guiar o aluno no seu desenvolvimento cognitivo.
O que é o e-learning?
O e-learning, na sua definição mais rigorosa, representa a 4.ª geração do Ensino a Distância, identificando-se com processos de aprendizagem em que o contacto presencial aluno/professor é escasso ou inexistente. Em relação à geração anterior introduziram-se ambientes colaborativos de aprendizagem suportados por computador, permitindo a criação de turmas virtuais e eliminando o isolamento tradicional dos alunos a distância.
http://www.snesup.pt/ensinosuperior/revista_10/es10_07.htm


Clarice Sousa da Fonte
Segundo a Comissão Europeia/ Direcção-Geral da Educação e Cultura o conceito de e-learning define-se como a: «a utilização das tecnologias da informação e da comunicação, inclusive a Internet, para o ensino e a aprendizagem ».
E-Learning designa igualmente uma iniciativa da Comissão Europeia no sentido de:
fomentar o desenvolvimento e a aquisição de «conhecimento digital »;
melhorar as capacidades pessoais de utilizar as novas tecnologias no estudo e no trabalho;
adaptar os nossos sistemas de educação e formação de modo a responder aos desafios da sociedade da informação.
http://www.europa.eu.int/comm/education/elearning/index.html
Já no site
www.ina.pt o conceito de e-learning baseia-se na “aplicação das tecnologias da informação e da comunicação à área da formação levou à criação duma nova modalidade de aprendizagem a distância (...)Ao optar por participar numa acção em e-learning, o formando passa a ter tempo para aprender ao seu ritmo, com o apoio dum tutor, sem perder a possibilidade de interagir com os restantes participantes do seu curso.”
No mesmo site ainda há as mais-valias quando uma pessoa adopta o e-learning como forma de aprendizagem:
Permite aprender a um ritmo próprio, aprofundar os conteúdos, associar a teoria a múltiplas actividades práticas;
Faz desaparecer custos e inconvenientes associados à deslocação ao centro de formação;
Viabiliza a formação a quem não tem possibilidade de se ausentar do local de trabalho;
Simplifica o acesso à formação para os cidadãos com necessidades especiais;
Desenvolve novas competências e formas de trabalhar fundamentais para o e-Government;
Favorece novos modelos de gestão da formação e dos recursos humanos;
Contribui para articular a formação, por um lado, com a avaliação de desempenho dos funcionários e das organizações e, por outro, com a avaliação das necessidades de formação.”

Paulo Morais
1º Definição - E-Learning no INA: http: //
www.ina.pt/e-learning
O e-learning: uma nova forma de aprender
A formação e a premente actualização dos conhecimentos e competências dos nossos recursos humanos são, hoje, um elemento crucial para que consigamos um desempenho eficaz e eficiente.
A aplicação das tecnologias da informação e da comunicação à área da formação levou à criação duma nova modalidade de aprendizagem a distância que serve este objectivo:
o e-learning.
Ao optar por participar numa acção em e-learning, o formando passa a ter tempo para aprender ao seu ritmo, com o apoio dum tutor, sem perder a possibilidade de interagir com os restantes participantes do seu curso.

2º Definição – Jornal de Notícias – E Learning e Ensino Superior, http://jn.sapo.pt/2004/10/26/centro/e_learning_c_ensino_superior_html
O eLearning é, ainda, um instrumento fundamental na intervenção da Universidade na requalificação de activos, para os quais é indispensável a criação de condições compatíveis com as limitações geográficas e temporais que caracterizam este público-alvo. Sem dúvida que as potencialidades do ensino à distância permitem incrementar a acessibilidade de vários públicos, com diferentes características e necessidades, ao sistema de educação e formação ao longo da vida, que a sociedade actual exige.
3º Definição – Saiba tudo sobre e-learning! http//expressoemprego.clix.pt/scriptsindex page.
O e-learning é um processo que aplica o potencial das tecnologias de informação e comunicação ao desenvolvimento da aprendizagem e da formação.
O e-learning é uma metodologia de aprendizagem e caracteriza-se pelo uso da Internet. Os formandos dispõem de conteúdos pedagógicos de audiotexto e videotexto com os quais vão interagir.
É um processo personalizado, que permite a flexibilidade em termos de tempo e espaço, pois formador e aluno não se encontram fisicamente no mesmo local, mas ligados através da rede. É através da Internet que são transmitidos os conteúdos educativos e é feito o acompanhamento pelo formador.
Esta metodologia permite ao formando aprender ao seu ritmo, desenvolvendo as competências individuais que necessita, no menor tempo possível.
Um curso de e-learning está dividido por unidades de conhecimento, que representam graus de evolução. O formando é avaliado em cada módulo pelo seu desempenho, o que lhe permite obter o feedback necessário para corrigir os erros e identificar os progressos efectuados. O e-learning é apenas uma das várias formas de Formação à Distância. A formação à distância é um processo de aprendizagem que implica a separação temporal e/ou local entre formador e formando e quando esta acção formativa é efectuada via Internet ou intranet fala-se de e-learning.


Filomena del Rio
http://mediateca.doc.ua.pt/Artigos/......
G. Dohmem (1967)
Educação a distância (Ferstudium) é uma forma sistematicamente organizada de auto­estudo onde o aluno se instrui a partir do material de estudo que Ihe é apresentado, onde o acompanhamento e a supervisão do sucesso do estudante são levados a cabo por um grupo de professores. Isto é possível de ser feito a distância através da aplicação de meios de comunicação capazes de vencer longas distâncias. O oposto de "educação a distância" é a "educação direta" ou "educação face­a­face": um tipo de educação que tem lugar com o contato direto entre professores e estudantes.
O. Peters (1973)
Educação/ensino a distância (Fernunterricht) é um método racional de partilhar conhecimento, habilidades e atitudes, através da aplicação da divisão do trabalho e de princípios organizacionais, tanto quanto pelo uso extensivo de meios de comunicação, especialmente para o propósito de reproduzir materiais técnicos de alta qualidade, os quais tornam possível instruir um grande número de estudantes ao mesmo tempo, enquanto esses materiais durarem. É uma forma industrializada de ensinar e aprender.
M. Moore (1973)
Ensino a distância pode ser definido como a família de métodos instrucionais onde as acções dos professores são executadas a parte das acções dos alunos, incluindo aquelas situações continuadas que podem ser feitas na presença dos estudantes. Porém, a comunicação entre o professor e o aluno deve ser facilitada por meios impressos, eletrônicos, mecânicos ou outros.
B. Holmberg (1977)
O termo "educação a distância" esconde-­se sob várias formas de estudo, nos vários níveis que não estão sob a contínua e imediata supervisão de tutores presentes com seus alunos nas salas de leitura ou no mesmo local. A educação a distância se beneficia do planejamento, direção e instrução da organização do ensino.


Fátima Chavarria
O que é o e-learning ?
Pesquisa de duas definições para posterior discussão na aula de Ensino a Distância

Sendo que o conceito de educação à distância e e-learning ainda se cruzam e confundem, (quando inseri num motor de busca a questão O que é o e-learning? apareceram os dois conceitos ) optei por enviar os seguintes resultados:

http://www.univ-ab.pt/acerca/distancia.html
O que é o Ensino a Distância?
Definição
Conjunto de métodos, técnicas e recursos, postos à disposição de populações aprendentes, que desejem estudar em regime de auto-aprendizagem, com o objectivo de adquirir formação, conhecimentos ou qualificação de qualquer nível.
http://e-conteudos.ubi.pt/faq.asp
O que é o e-learning.
É a capacidade de uma pessoa participar num evento de aprendizagem - que poderá ser uma aula de uma universidade ou de um centro de formação - utilizando a tecnologia como sistema de entrega dos conteúdos. Por exemplo, a seguir ao final de um dia de trabalho, a pessoa vai para casa ou outro local, e ligada ao computador, estuda durante uma hora ou duas sobre um assunto específico.
http://www.odisseia.univ-ab.pt/e-learning/
"Para a maioria dos especialistas, não se reconhece a necessidade de introduzir novas designações para metodologias e práticas que pouco trazem de novo, senão quanto à instrumentação utilizada; para outros, a substância da inovação reside sobretudo na adopção de novas designações."
Armando Rocha Trindade


Ana Rita Ferreira da Silva
Uma definição de e-Learning ...
A Formação a Distância é uma acção educativa e/ou formativa onde a aprendizagem é
realizada mediante a separação temporal, local ou ambas entre as pessoas que aprendem e
as pessoas que ensinam. Quando esta acção é efectuada via Internet ou Intranet, então
estamos a falar de uma metodologia de aprendizagem, inserida no vasto domínio da
sociedade da informação e do conhecimento, designada por e-Learning.
O e-Learning pode ser definido como um processo de aprendizagem e de distribuição
de conteúdos formativos, em ambientes digitais, através da Internet ou Intranet.
Website:
http://www.formare.pt/conceitos.asp
No e-Learning, foge-se ao modelo tradicional de ensino, estando o processo de
aprendizagem centrado no aluno, o qual pode construir o seu percurso de auto-formação,
interagindo com os conteúdos disponíveis, segundo as suas necessidades de aprendizagem,
de uma forma flexível, como, quando e onde quiser, sendo o docente o catalizador do
desenvolvimento deste processo. No e-Learning, os papéis do docente e da universidade não
são postos em causa. O que muda é a sua função, deixando de ser agentes de ensino para
serem parceiros de aprendizagem. Assim o contacto pessoal não é desvalorizado, mas sim
tornado mais interessante.
http://e-learning.iscte.pt/
http://www.hmedia.com/elearning/intralearn/downloads/monofolha.pdf



Idalina Santos
E-learning, afinal o que é?
Os processos de formação têm vindo a sofrer alterações ao longo dos anos. Há aproximadamente 10 anos, com a disponibilização da world wide web (www) e a influência que exerceu na educação, iniciou-se uma revolução que veio alterar a forma tradicional de ensino.
É uma metodologia de trabalho de que só há pouco tempo se ouve falar nos contextos formativos.
O e-learning não é mais do que a conjugação das tecnologias da informação e da comunicação com a formação. Assim surge o chamado ensino à distância que vem permitir uma maior flexibilização em determinadas áreas do saber, com intensa actividade na auto-formação.
A palavra e-learning traduzida à letra significa "aprender electronicamente". No entanto, ela significa muito mais do que isso, pois permite a ampliação das ofertas de formação para além das restrições de uma sala de aula.
Utilizando esta metodologia, podemos aceder a conteúdos em qualquer lugar, a qualquer momento, sem nos sujeitarmos à limitação de um espaço físico ou ao cumprimento de um regime fixo de horário.
http://www.cruzvermelha.pt

O que é o e-learning?
O e-learning é um processo que aplica o potencial das tecnologias de informação e comunicação ao desenvolvimento da aprendizagem e da formação. O e-learning é uma metodologia de aprendizagem e caracteriza-se pelo uso da Internet. Os formandos dispõem de conteúdos pedagógicos de audiotexto e videotexto com os quais vão interagir.É um processo personalizado, que permite a flexibilidade em termos de tempo e espaço, pois formador e aluno não se encontram fisicamente no mesmo local, mas ligados através da rede.
É através da Internet que são transmitidos os conteúdos educativos e é feito o acompanhamento pelo formador.Esta metodologia permite ao formando aprender ao seu ritmo, desenvolvendo as competências individuais que necessita, no menor tempo possível.
http://e-conteudos.ubi.pt


Dulce Miranda
E-learning é uma modalidade de ensino a distância que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes tecnológicos de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculado através da internet.
http://www.dtcom.com.br/paginas/page.asp?setor=ead6

At its most basic level, distance education takes place when a teacher and student(s) are separated by physical distance, and technology (i.e., voice, video, data, and print), often in concert with face-to-face communication, is used to bridge the instructional gap.
http://www.edutec.net/Textos/Alia/WILLIS/dist1.htm#What

eLearning
A nossa definição de eLearning é «a utilização das tecnologias da informação e da comunicação, inclusive a Internet, para o ensino e a aprendizagem».
em
Pensar o futuro da educação
Aprender e inovar coma tecnologia multimédia
documento em pdf, da Comissão Europeia, Direcção-Geral da Educação e Cultura
Unidade: «Multimedia, Cultura, Educação, Formação»
Rue de la Loi 200
B-1049 Bruxelles
Fax: (32-2) 296 69 92
E-mail: elearning@cec.eu.int
Internet: http://www.europa.eu.int/comm/education/elearning/index.html
e-Learning
Uso de novas tecnologias multimédia e da Internet para melhorar a qualidade da aprendizagem mediante o acesso a recursos e serviços, e a colaborações e intercâmbios a grande distância.

Formação aberta e à distância [English: ODL (Open and distance learning)]Possibilidade de efectuar a aprendizagem à distância, longe das aulas e com um alto grau de autonomia, com a ajuda de diversos sistemas, entre os quais actualmente se destaca o e-learning.
http://www.elearningeuropa.info/glossary.php?lng=9
EAD (Ensino a Distância)Distance Education. Cenário educacional em que o Tutor e alunos estão separados pelo tempo, posição, ou ambos os factores. Os cursos de ensino a distância são levados a lugares remotos de forma síncrona ou assíncrona, incluindo correspondência escrita, texto, gráficos, áudio, vídeo, CD-ROM, televisão interativa e fax. O ensino a distância não exclui a aula tradicional. A definição de ensino a distância é mais ampla que a definição de e- Learning.
http://e-learning.iscte.pt/glossario.asp#E

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Módulo 3 – Da diversidade de teorias à problemática das tecnologias

Gerações de inovação tecnológica no ensino a distância

“A primeira geração tecnológica corresponde efectivamente aos primórdios da educação a distância, caracterizando-se por uma quase exclusividade total do recurso ao texto (razão pela qual a caracterizamos como sendo mono-media), como forma de representação dos conteúdos, e pelo recurso aos documentos impressos e ao correio postal para distribuição dos mesmos conteúdos. A comunicação bidireccional professor-aluno faz-se por correspondência postal, é escassa, normalmente da iniciativa do professor (ou da instituição) e com um elevado tempo de retorno. A interacção entre alunos é inexistente. Manteremos a designação de “ensino por correspondência” para esta geração tecnológica da educação a distância.”

“A segunda geração tecnológica pode caracterizar-se pelo recurso a múltiplos media (ou seja multi-mediática) de representação dos conteúdos, recorrendo ao texto, som, imagem estática e imagem vídeo, razão pela qual a caracterizamos como sendo uma geração de “múltiplos media”. Em termos de canais de distribuição dos materiais de ensino, esta geração caracteriza-se pelo recurso às emissões radiofónicas e televisivas. A comunicação professor-aluno (ou tutor-aluno) passa a fazer-se essencialmente de forma síncrona, essencialmente por telefone, e torna-se mais frequente. A interacção entre alunos continua a ser inexistente. Adoptaremos a designação de “tele-educação” para esta geração da educação a distância, num esforço de realçar a importância dos meios de comunicação de massas, como a rádio e a televisão, em modelos de formação a distância em que predomina a comunicação unidireccional do tipo “um para muitos” (ou seja, um professor para muitos alunos), e em que é relativamente fácil promover “economias de escala”, correspondendo à possibilidade de abarcar um grande número de alunos sem aumento significativo de custos.”

“A terceira geração tecnológica caracteriza-se, em termos de representação de conteúdos, pelo recurso ao multimédia interactivo ou seja recorre à integração de múltiplos media em suportes digitais interactivos, como os “discos compactos interactivos”, CD-ROMs ou os “videodiscos interactivos” (Digital Videodisc Interactive). Um dos elementos característicos desta geração é, então, a introdução do elemento “interactividade”, ao qual está associada a possibilidade de processos de “feedback” em relação às actividades de aprendizagem com um carácter de imediatismo, o que até aí não era possibilitado pelas tecnologia de difusão disponíveis (cf. Blanco, 1999: 105-107). A distribuição destes suportes electrónicos faz-se essencialmente por correio postal. Em termos da comunicação professor/aluno esta passa a recorrer a serviços de comunicações mediadas por computador, utilizando por exemplo serviços de correio electrónico. Para além da comunicação síncrona via telefone, professores e alunos podem agora comunicar de forma assíncrona mas rápida, usando o correio electrónico. Nesta geração surge a possibilidade de comunicação entre alunos quer individualmente (usando o correio electrónico) quer em grupos de discussão
(usando fóruns de discussão e conferências por computador). Todavia, a comunicação entre alunos e a participação em espaços electrónicos de discussão não é, nesta terceira geração tecnológica, um elemento considerado essencial para o desenrolar das actividades de ensino/aprendizagem. A esta geração tecnológica de educação a distância
chamaremos “geração multimédia”.”

“A quarta geração tecnológica, que designaremos por “aprendizagem em rede”, em detrimento dos anglicismos “web-learning”, “e-learning” ou “online learning”, caracteriza-se por uma representação multimédia dos conteúdos de ensino estruturada sobre redes de comunicação por computador. Trata-se agora essencialmente não do recurso à utilização de documentos multimédia interactivos estáticos (no sentido de pré-concebidos pelos professores/autores e inalteráveis), como os que caracterizam a terceira geração5, mas sim de documentos de apresentação multimédia usufruindo das potencialidades de alteração e reconstrução como as possibilitadas pelos ambientes colaborativos de trabalho em rede. As potencialidade de redes como a Internet e de ambientes como as páginas WWW permitem um modelo de construção e reconstrução colectiva de conhecimentos, baseado na intensa comunicação entre professores e alunos e destes entre si. Abrem-se assim novas perspectivas em termos de desenvolvimento de situações de aprendizagem em grupo, inter-pares e de natureza colaborativa, permitindo a constituição de verdadeiras comunidades de aprendizagem no espaço virtual
(cf. Dias, 2002). A comunicação directa e frequente entre todos os intervenientes (professores e alunos) possibilitada pelos diversos serviços de comunicações mediadas por computador torna-se um princípio característico desta geração de inovação tecnológica no ensino a distância. O desenho das situações de ensino é feito considerando como requisito a existência de comunicação e colaboração frequentes dos formandos entre si e com os seus professores.”

Retirado de:
GOMES, Maria João. “Gerações de inovação tecnológica no ensino a distância”. Universidade do Minho

Módulo 2 – Teorias no domínio da educação a distância

Teoria da industrialização

Em 1967 Otto Peters comparava a educação a distância com o processo de produção industrial, e sugeria que o ensino a distância é um produto da sociedade industrial. Ambos têm características comuns tais como:
- a divisão de tarefas;
- a mecanização;
- a produção em massa;
- a padronização;
- a centralização.

Otto Peters refere que o processo produtivo “racionaliza-se”, ou seja, criam-se iniciativas com vista a obter uma diminuição dos gastos de energia, tempo e dinheiro. No que concerne a educação a distância, esta “racionalização” manifesta-se em:

1) divisão de tarefas e especialização de funções:
- conduz a uma crescente especialização da mão-de-obra mas simultaneamente diminui os períodos de formação e permite habilitar um maior número de pessoas para a execução de determinadas tarefas;
- a divisão do trabalho constitui o principal pré-requisito para que o estudo universitário a distância possa ser efectivo.

2) mecanização do processo produtivo:
- a mecanização significa o uso de máquinas num processo de trabalho, existindo diversos graus de mecanização;
- a educação a distância corresponde a um processo de industrialização em que o recursos a sistemas de comunicação eficazes e à utilização de máquinas e processos industriais de produção de materiais pedagógicos é essencial.

3) criação de linhas de montagem:
- o trabalhador permanece no seu local de trabalho sendo as peças que se deslocam ao longo de uma sequência de trabalhadores;
- o processo de produção dos materiais de ensino é de facto um processo industrial. Ex.: criação e reprodução dos manuais escolares dos diferentes níveis de escolaridade.

4) produção em massa:
- a divisão de tarefas, a especialização da mão-de-obra, a mecanização do processo produtivo e a organização da produção em linhas de montagem foram determinantes na produção de bens em grandes quantidades;
- ao nível do ensino a distância, a “produção em massas” manifesta-se pela produção de grandes quantidades de materiais de estudo e pelo grande número de estudantes.

5) importância do trabalho preparatório e do planeamento:
- no processo produtivo há que existir uma cuidadosa fase de preparação em que são estabelecidos os papéis e inter-relações entre os intervenientes do processo (homem, máquina, material);
- na educação a distância há um processo similar na desenho dos cursos e preparação dos materiais de estudo.

6) formalização de processos:
- há uma necessidade acrescida das várias fases de produção de modo a que a cooperação entre todos os intervenientes seja possível;
- adoptar medidas e processos de formalização podem ser identificadas no ensino a distância.

7) padronização dos produtos:
- característica dos processos industriais de produção que envolvem alta tecnologia e divisão de tarefas permitindo produzir bens em grande número e a custos reduzidos;
- a mecanização dos processos de produção de materiais de ensino e a divisão de funções relacionados com o ensino permitiu às instituições de ensino a distância dirigirem-se a um público numeroso.

8) mudanças de funções:
- as funções dos trabalhadores sofreram modificações com a industrialização, devido à divisão de tarefas e à mecanização;
- comparativamente ao ensino tradicional, também os professores de ensino a distância confrontaram-se com a mudança de funções.


9) aumento da objectividade ao nível do processo produtivo:
- o processo produtivo tornou-se mais objectivo, ou seja, menos sujeito à influência de cada um dos trabalhadores envolvidos;
- o aumento de “objectividade” no processo de ensino é fundamental. Só com um grande grau de objectividade associada ao desenho e produção dos materiais de ensino, bem como a aspectos ligados à avaliação e apoio aos estudantes é possível “reproduzir” e promover situações de ensino a distância que possam ser disponibilizadas para um grande número de estudantes.


10) concentração e centralização:
- no ensino a distância é necessário existir um determinado número de estudantes de modo a assegurar a viabilidade da criação de uma organização eficiente e de instalações técnicas adequadas;
- o ensino a distância é uma opção viável do ponto de vista económico se se concentrarem os recursos e se se adoptar um modelo de administração centralizado.



Teorias da autonomia e independência

Nestas teorias aborda-se a problemática da teorização no domínio da educação a distância centrando-se no estudante e nas noções de “autonomia” e “independência”.

Rudolf Delling:
- perspectiva o estudante como autónomo e independente e como sendo o elemento central de qualquer processo de educação a distância.


Charles Wedemeyer:
- define o conceito de “estudo independente” que utiliza em detrimento da expressão educação a distância.

Michael Moore:
- desenvolve o conceito de “distância transaccional”, a partir do qual se determina o grau de autonomia permitido ao estudante pelos diferentes modelos de educação a distância.

Farhad Saba:
- parte do modelo de Michael Moore acrescentando-lhe o conceito de “contiguidade virtual” para reforçar a ideia da necessidade de aproximar professores e estudantes, optimizando o diálogo entre eles e eliminando as más consequências da separação física.

John Verduin e Thomas Clark:
- partem também do conceito de “transacção educacional” e propõem um modelo tridimensional de análise dos sistemas de educação a distância considerando três conceitos (diálogo/apoio; estrutura/competências especializadas; competências gerais/auto-determinação).


Teorias de interacção e comunicação

Nestas teorias incluem-se reflexões no domínio das teorias da educação a distância baseadas nas noções de “interacção” e de “comunicação”.

Börge Holberg:
- apresenta o modelo de “comunicação didáctica guiada”, centrando-se na componente da interacção a dois níveis, entre o estudante e o tutor ou conselheiro e entre o estudante e os materiais de ensino, especificamente preparados para o efeito.

John A. Bååth:
- refere-se à necessidade de se estabelecerem formas de comunicação bidireccional entre os estudantes e professores ou as instituições de ensino, considerando que o tutor é a chave para o conceito de conceito de comunicação bidireccional.

David Sewart:
- reforça a importância de um mediador ou tutor que permita adaptar as situações de ensino a distância às características individuais de cada estudante.

Kevin Smith:
- preconiza a utilização de material de estudo que permita ao aluno de trabalhar de forma autónoma;
- considera que devem ser contempladas situações obrigatórias de contacto entre estudantes e professores.

John S. Daniel:
- os sistemas de educação a distância compreendem actividades em que o aluno trabalha isoladamente(“actividades independentes”) e actividades que põem o estudante em contacto com outras pessoas (“actividades interactivas”).

D. R. Garrison:
- centra a educação a distância no conceito de “transacção educacional” e de “controlo”.

Módulo 1 – Dos conceitos às teorias


Afinal, o que é a Educação a Distância?


Definir este conceito não é tarefa fácil.

Autores que se pronunciaram acerca do assunto:

Luís Sauvé refere a existência de muitas definições, de acordo com diferentes autores e contextos. A definição do conceito vai depender sempre da visão que cada autor tem da educação e do ensino.

Charles Wedemeyer considera que há ambiguidade e imprecisão na significação atribuída aos termos ‘educação a distância’.

Simonson, Smaldino, Albright e Zvacek referem três aspectos que dificultam a definição do conceito, como o facto do termo ‘distância’ poder assumir diferentes acepções’, o facto de haver muitos programas e situações incluídas na designação e o rápido avanço tecnológico.

Armando Rocha Trindade realça o facto de existirem diferentes contextos de aprendizagem nos quais é utilizada a expressão.

Keegan refere que o que é crucial é a distância entre os actos de ensino e os actos de aprendizagem e não a separação geográfica entre professor e aluno.

Garrison admite que a melhor opção teria sido adoptar a expressão “education at a distance”.

Desmond Keegan foi um dos autores que mais se preocupou em clarificar o termo. Ele indica seis características essenciais:

“1) the separation of teacher and learner which distinguishes it from face-to-face lecturing
2) the influence of an educational organisation which distinguishes it from private study
3) the use of technical media, usually print, to unite teacher and learner and carry educational content
4) the provision of two-way communication so that the student may benefit from or even initiate dialogue
5) the possibility of occasional meeting for both didactic and socialisation purposes
6) the participation in an industrialised form of education which, if accepted, contains the genus of radical separation of distance education from other forms”

Estas seis características têm sido alvo de muitas críticas.
Garrison, por exemplo, considera que é uma perspectiva muito condicionada pela educação por correspondência, não havendo situações de ensino a distância em grupo. Garrison critica também a referência à presença de características “industriais” da educação a distância. Importa dizer que Keegan foi alterando o seu pensamento à medida que surgiam mudanças no domínio tecnológico e na área da educação a distância. No seu livro “Foundations of distance education” (1996), Keegan reformula algumas das suas afirmações. Reconhece a possibilidade de, numa situação de educação a distância, ocorrerem cenários de contacto presencial entre professor e alunos, ainda que de forma esporádica. Acrescenta que estes tanto podem ocorrer presencialmente como através de meios electrónicos. Keegan eliminou ainda a referência à educação a distância como uma forma “industrializada” de educação, resultado de algumas críticas de alguns autores.

Verduin e Clark propõem quatro características da educação a distância:
“1) the separation of teacher and learner during at least a majority of the instructional process
2) the influence of an educational organization, including the provision of student evaluation
3) the use of educational media to unite teacher and learner and carry course content
4) the provision of two-way communication between teacher, tutor, or educational agency and learner.”

Holmberg refere que numa situação de educação a distância há a existência de comunicação não-contígua, isto é, não-presencial. Assim, a educação a distância tem dois elementos básicos: conteúdos de ensino através de materiais pré-preparados aos quais está subjacente um modelo de comunicação unidireccional (“comunicação simulada”), o estabelecimento de comunicação bi-direccional entre os estudantes e a “organização de suporte”.


Como podemos constatar, há uma grande diversidade de definições, fruto das diferentes perspectivas dos autores e da evolução tecnológica que se vem registando neste domínio. Por este motivo, Garrison propõe que se adopte a sugestão de Garrison e Shale de considerar um conjunto mínimo de “criteria”:

“1) distance education implies that the majority of educational communication between (among) teacher and student(s) occurs noncontiguously
2) distance education must involve two-way communication between (among) teacher and student(s) for the purpose of facilitating and supporting the educational process
3) distance education uses technology to mediate the necessary two-way communication.”

Teorização do ensino a distância

A “teorização” na educação a distância é muito recente. A falta de teorização nesta área enfraqueceu o próprio conceito, situando a educação a distância na periferia da educação. A partir da década de 70 começam a surgir teorias no âmbito da educação a distância, mas devem colocar-se algumas reservas ao termo “teoria”, tal como muitos autores o fizeram (Moore, Perraton, Keegan, Devlin, Delling...).
Michael Moore defende uma multiplicidade de teorias no âmbito da educação a distância, ideia também partilhada por Farhad Saba.

Desmond Keegan, no livro “The Foundations of Distance Education” (1996), refere que as abordagens teóricas em torno da educação a distância podem ser sistematizadas em:

1) Teoria da industrialização (primeira grande estruturação teórica da educação a distância, cujo representante é Otto Peters)
2) Teorias da autonomia e independência
3) Teorias de interacção e comunicação

E agora?


Agora que chegámos ao fim de um caminho (de entre muitos que ainda temos de percorrer), importa olhar para trás e fazer uma resenha daquilo que aprendemos nesta disciplina de "Educação a distância". Antes de "abrir a porta" para novos conhecimentos, convém reflectir um pouco acerca dos conteúdos abordados neste semestre que passou. De facto, aprendemos muita coisa... tanta coisa que tive de recorrer ao programa da disciplina para recordar esses conteúdos! E nada melhor do que ler alguns capítulos do livro "Educação a distância. Um estudo de caso sobre formação contínua de professores via internet", da nossa distinta professora, para clarificar e resumir algumas questões. Depois dessa leitura, passei a um resumo daquilo que me pareceu mais importante reter. É esse resumo que deixo agora aqui, tendo em atenção que a maior parte do texto, senão todo, foi retirado do livro anteriormente referido.

"Six thinking hats"

Para quem quiser conhecer melhor o autor, Edward De Bono, visitem:

www.edwdebono.com


'Paint' by me...

Não! Não é um desenho feito por um miúdo! Foi feito por "moi-même"! Está aqui uma verdadeira obra de arte! :) (estou a brincar...)
Gostei tanto daquela aula sobre o PAINT, e por isso decidi experimentar o tal 'programito' que está no nosso computador e que aparentemente não serve para nada! Mas o dito cujo dá muito que fazer! Não é que perdi à vontade uma hora a tentar desenhar algo e o melhor que consegui foi isto? Das duas uma: ou eu não tenho muito jeito, ou então é preciso muita técnica para lidar com aqueles botõezinhos... Já repararam bem na letra? Fez-me regressar ao tempo da escola primária... Decididamente, há que criar cursos a distância para ADULTOS sobre estas questões da imagem, do desenho... Aqui fica a sugestão Sr. Prof. Luís Valente!

sábado, fevereiro 12, 2005

CRIVO III

Tal como podemos verificar na imagem, trata-se de um curso de 'Língua Portuguesa' do 9º ano, em que o respectivo professor chama-se Paulo Lima. Neste caso, o docente em questão optou por utilizar este método de ensino uma vez que não estaria presente na escola por um período de 15 dias. Assim, disponibilizou neste espaço uma série de textos ('Documentos') para serem lidos pelos alunos. No menu 'Exercícios' colocou alguns exercícios sobre Camões e 'Os Lusíadas' a serem preenchidos on-line. Tive oportunidade de ver o funcionamento deste aspecto, e no final das respostas dadas, o aluno tem a cotação obtida e a correcção do exercício. As respostas erradas são assinaladas e é sugerido ao aluno que 'releia os textos' para verificar as respostas correctas.
No espaço 'Debate', através de um forum, os alunos colocam as dúvidas ao professor que são respondidas num curto espaço de tempo.
Como podemos ver na imagem, este espaço 'Utiliza a plataforma Claroline', e quase sem dar por isso, tive a oportunidade de 'vestir a pele de um aluno' e experimentar a mesma. Daquilo que vi, posso dizer que é uma boa alternativa a quem não pode estar presencialmente na escola. Pelo menos, os alunos sabem que têm tarefas a cumprir e estão sempre em contacto com a matéria, mesmo que não vejam o professor por algum período de tempo.

CRIVO II

O processo é basicamente sempre o mesmo para aceder a este tipo de plataformas. É dado ao aluno um nome de utilizador e uma senha de acesso, para poder aceder ao curso, neste caso 'Língua Portuguesa'.

CRIVO

Acedi a www.crivo.net e cliquei em "Escola Virtual". Isto tudo em conjunto com uma aluna do 9º ano, que teria de resolver uma série de exercícios propostos pelo professor de português.

Plataforma Claroline

"Here, professors and assistants create and administer courses websites. Students read (documents, agendas, informations) and, sometimes, make exercises, publish papers, participate to forum discussions... "

www.claroline.net

Descobri o funcionamento desta plataforma quase por acaso... apesar da sugestão da Doutora Maria João para irmos lá espreitar...



Resumo



"Os Seis Chapéus do Raciocínio"

Depois de ficarmos a conhecer um pouco melhor a interface desta plataforma, passamos a uma actividade intitulada "Os Seis Chapéus do Raciocínio". Este modelo "sugere a existência de seis tipos básicos de pensamento que podem ser representados por seis chapéus coloridos. Cada modalidade, tipo ou chapéu pode ser usado em etapas diferentes de um processo de raciocínio, para estabelecer delimitações de pensamento. Cada uma das cores do chapéu está, de alguma forma, ligada a uma imagem para ajudar à memorização do tipo de pensamento que o chapéu representa.
CCUM. 2004. Os Seis Chapéus do Raciocínio
De Bono, Edward (1985). Six Thinking Hats. Little, Brown.

Plataforma FLE3 para promover aprendizagem colaborativa

"Fle3 é um ambiente de aprendizagem web. Mais especificamente, Fle3 é software servidor destinado à aprendizagem colaborativa apoiada por computador (computer supported collaborative learning: CSCL).

Fle3 foi concebido para permitir o trabalho centrado em grupos os quais se destinam a criar e a desenvolver expressões de conhecimento, isto é artefactos de conhecimento."

www.nonio.uminho.pt/fle


A minha árvore favorita

Mais um exemplo de um projecto interessantíssimo para professores de Ciências da Natureza e afins.
Continuo sem perceber como é que este tipo de actividades continuam sem ser divulgadas... Pelo menos é a sensação que me dá! Só 9 árvores registadas? Ou então, são os professores que andam pouco atentos a estes materiais! Já pensaram como este exercício poderia ser motivador numa aula, num projecto, num trabalho de grupo...? Os alunos teriam de pesquisar sobre as diferentes espécies, poderiam apresentar as suas pesquisas na aula e ver o respectivo trabalho publicado na internet! Falta de divulgação ou não, estes materiais existem e estão ao dispor de quem quiser... basta para isso ter um pouco de vontade, por a imaginação a funcionar e pensar numa maneira de tornar as aulas diferentes, mais atractivas e motivantes, e nada melhor para isso do que recorrer à Internet! Basta um clique!
www.nonio.uminho.pt/amaf

Casas tradicionais da Europa

No seguimento da aula do dia 4 de Fevereiro, o prof. Luís Valente continuou a apresentar-nos projectos muito interessantes do Centro de Competências Nonio. Outro desses projectos intitula-se 'Casas Tradicionais da Europa'.

Objectivo do projecto:

"Este projecto pretende incentivar a preservação do património cultural relacionado com a habitação tradicional das populações das diferentes regiões da Europa. Em simultâneo com a divulgação de aspectos peculiares das Casas Tradicionais da Europa, pretende-se reunir num espaço de acesso público (este Web site) um conjunto de materiais que ajudem a estabelecer o diálogo intercultural e dar aos jovens alunos a possibilidade de publicarem trabalhos autónomos ou resultantes de projectos escolares, sem que para tal necessitem de ser detentores de outros conhecimentos para além de saber ler, escrever, fotografar, digitalizar e tratar basicamente imagens digitais.
Período activo do projecto
O projecto surge no âmbito do
Netd@ys 2004, mas não se esgota nesse curto espaço de tempo. Em princípio deverá funcionar, pelo menos, até 30 de Junho de 2005.
Forma de Participação
Podem participar alunos constituindo equipas com o mínimo de três elementos em que, pelo menos um disponha de correio electrónico.Depois das equipas formadas é necessário inscrever o líder da equipa a quem será enviado por E-Mail, o código necessário ao envio de trabalhos.

Tarefas envolvidas
As tarefas envolvidas consistem:- na recolha de imagens fotográficas (uma) da casa em estudo;- na localização da região de implementação da casa, no mapa do país ou região autónoma;- na localização no mapa da região ou cidade ou localidade;- no desenho ou digitalização da planta da casa ou projecto ou croquis simples;- no redimensionamento e organização dos ficheiros de imagem segundo dimensões estabelecidas para cada tipo;- na investigação e escrita das características principais da casa (1 ou dois parágrafos);- no enquadramento histórico breve da região
(2 ou três parágrafos).
Idioma de trabalho
Os trabalhos podem ser realizados em Língua Portuguesa ou em Língua Inglesa."
Retirado de:
www.nonio.uminho.pt/ce
Comentário:
Penso que este projecto tem todo o interesse para ser levado em frente. Fiquei admirada por só lá estar uma casa típica, e que neste caso conhecemos tão bem como sendo da Ilha da Madeira.
Este tipo de projectos deveriam ter mais "publicidade" junto das escolas...

Galeria dos "pequenos artistas"

No final, todos os trabalhos são expostos na galeria. Vale a pena perder um pouco de tempo a admirar estas "obras de arte". Enquanto contemplava algumas delas só me ocorria um pensamento: "isto foi feito no Paint?". É que muitas são verdadeiramente incríveis, e fizeram despertar em mim a curiosidade de ir lá "pintar" alguma coisita! Com um pouco de paciência e de persistência, penso que afinal todos podemos ser "pequenos artistas"!

Exemplo de duas tarefas

Os alunos devem enviar um exemplo da tarefa anexo a uma mensagem de correio electrónico.
Na fase de elaboração da tarefa, os alunos devem atentar nas condições para realizar os trabalhos. No caso da tarefa n.º 1, os alunos apenas poderiam utilizar como ferramentas a borracha e o preenchimento de cor. Segundo o prof. Luís Valente, muitas vezes tal não aconteceu, porque os alunos argumentavam "que o desenho não ficava tão bonito" e daí terem de recorrer a outras ferramentas. No entanto, penso que estas condições foram essenciais para se terem desenvolvido trabalhos muito criativos, como tivemos oportunidade de verificar.

Módulos e actividades

Neste curso, os alunos têm um conjunto de módulos de formação e de tarefas que devem completar num espaço de tempo.
São ainda apresentados:
Objectivos
- De âmbito curricular
Utilizar o computador como uma ferramenta complementar das aprendizagens.
Utilizar criativamente o Paint para produzir ilustrações ou outras manifestações criativas da área das expressões plásticas.
Integrar o computador nas actividades de âmbito curricular, fazendo-o autonomamente.


- Gerais
Tomar consciência das potencialidades dos equipamentos informáticos para complementar actividades tradicionais de aprendizagem.
Melhorar o aproveitamento dos recursos físicos.
Adquirir hábitos e comportamentos que permitam desenvolver mecanismos de autoformação com recurso a cursos a distância.

Aula do dia 04-02-2005

Nesta aula recebemos a visita do prof. Luís Valente, do Centro de Competências Nonio, que nos veio falar de uma pequena maravilha: um curso a distância para pequenos artistas!
www.nonio.uminho.pt/cursos/paint
Penso que todos ficamos maravilhados com os potenciais desta plataforma, que através do 'Paint', desenvolve competências artísticas junto dos mais pequenos. Deu-me a sensação que até nós, alunos de mestrado, ficamos com vontade de participar...

segunda-feira, janeiro 17, 2005

Para quem continua a pensar nela...

Na tarefa de redacção de uma tese são necessárias competências de carácter multidisciplinar que obrigam à consulta de uma grande diversidade de fontes. Em traços gerais, quem escreve uma tese depara com três necessidades principais:
- organizar adequadamente o documento;
- respeitar as normas de escrita em vigor;
- tirar o devido proveito do processador de texto.
Numa única obra, os autores respondem a estas necessidades desenvolvendo os seguintes temas e tópicos:
- estrutura e organização de uma tese;
- estilo de escrita de uma tese;
- dúvidas sobre a Língua Portuguesa;
- normas para efectuar citações e referências bibliográficas (norma portuguesa NP 405 e norma da APA);
- utilização do processador de texto Word para, de forma automática:
- gerar índices;
- gerir e ordenar a bibliografia;
- numerar figuras e tabelas;
- gerir referências cruzadas;
- detectar e corrigir os principais tipos de erros de escrita.
São propostas soluções e esquemas gráficos de impressão e de encadernação:
- conselhos sobre ergonomia de leitura: o tipo e tamanho de letra do texto, o comprimento das linhas, o espaçamento entre linhas;
definição da mancha de trabalho: dimensão das margens, formato dos cabeçalhos e rodapés;
- uniformidade de critérios de estilo gráfico, aplicação a títulos, índices, legendas e notas;
- modelos de capas para teses e recomendações sobre a respectiva encadernação.
Os autores disponibilizam, na Internet, ferramentas de apoio à redacção de teses:
- para formatar referências bibliográficas;
- para criar tabelas de frequências das palavras utilizadas no texto da tese;
- para salvaguardar os textos das teses, como medida de segurança.
O livro deve ser consultado como uma ferramenta auxiliar (não obriga a uma leitura integral ou sequencial).

Para quem já pensa nela...

Na presente obra, dirigida a todos os estudan­tes "em situação difícil, consequência de dis­criminações remotas ou recentes», Umberto Eco expõe o que se entende por tese, como escolher o tema e organizar o tempo de traba­lho, como conduzir uma investigação bibliográ­fica, como organizar o material seleccionado e, finalmente, como dispor a redacção do tra­balho. E sugere que se aproveite "a ocasião da tese para recuperar o sentido positivo e progressivo do estudo, entendido como aqui­sição de uma capacidade para identificar os problemas, encará-los com método e expô-los segundo certas técnicas de comunicação».

Easy Education - Plataforma de e-learning da UM

A plataforma de e-Learning da Universidade do Minho entrou esta semana em fase experimental. O objectivo desta fase é, através da utilização da plataforma por parte de alguns docentes e respectivos alunos, obter feedback sobre as funcionalidades disponíveis no Learning Management System. Os docentes participantes desta iniciativa começaram a participar em sessões de formação tendo em vista a utilização da plataforma.
Na aula do dia 14 tivemos uma sessão de apresentação da plataforma Easy Education, a qual nos permitiu conhecer algumas funcionalidades da mesma. Em termos de interface, penso que esta é mais agradável do que a plataforma LearningSpace. O acesso processa-se do mesmo modo: é fornecido ao aluno um nome para o 'login' e uma senha de acesso. Durante a sessão experimentamos algumas opções nomeadamente o 'Chat', momentos que são sempre encarados com grande entusiasmo pelos participantes visto que possibilitam uma grande descontracção no que diz respeito à comunicação... (As coisas que lá se dizem...)
Já acedi à plataforma em questão através do meu computador pessoal e não tive qualquer problema no acesso, o que me deixou bastante satisfeita, já que na plataforma LearningSpace tenho sempre o problema do Java...
Apesar da Easy Education ainda estar em fase experimental, espero que ela venha para ficar e que se assuma como uma forte aposta para o ensino a distância.

Learn by doing e peer cooching

"Se há actualmente uma buzzword no que se refere à formação, ela é, sem dúvida, learn by doing, conceito que se prende com inúmeros estudos realizados sobre a eficácia dos níveis de retenção. Considerando que retemos, em média, 5% do que ouvimos, 10% do que lemos, 30% do que vemos, 50% do que debatemos/discutimos em grupo, 75% do que executamos e 90% do que ensinamos aos outros (NetLearning 102), não é de estranhar que neste campo tão recente da Internet se dê hoje cada vez mais ênfase às estratégias de formação, que, por sua vez, implicam uma maior atenção às abordagens a privilegiar, concretamente, a aplicação prática ou hands-on experience.
Por outro lado, estudos e inquéritos têm permitido concluir que, sobre­tudo no que respeita aos professores, eles estão ávidos de formação, mas de uma formação dada por colegas (peer coaching) versados nas matérias, não por especialistas totalmente desligados do ensino. Porquê? Porque ambos são profissionais do mesmo ramo, interessados no mesmo processo, conhecedo­res 'por dentro' dos problemas que afligem a escola e os alunos. E porque ambos falam a mesma linguagem, de que resulta uma entreajuda muito mais produtiva e resultados finais bem mais positivos.
Embora não possua dados concretos no que diz respeito a alunos, por isso mesmo baseando-me unicamente na minha experiência profissional, creio não estar muito longe da verdade se disser que sensivelmente o mesmo se pode apli­car aos estudantes. Não é verdade que a nossa experiência de professores nos mostra que um aluno entende muito melhor uma explicação dada por um colega do que pelo professor? Estou em crer que em matéria de formação infor­mática seria talvez desejável e preferível ter alunos a formar outros alunos, possi­velmente com um professor por perto pronto a prestar qualquer auxílio pontual.
Se aceitarmos que ". . . the deepest learning happens when one attempts to teach newly learned skills to another" (Serim e Koch 103), parece­-me importante agarrar esta ideia 'com unhas e dentes' como forma de ir em 'busca da excelência' de que tanto se volta a falar e que defendo a cem por cento; e como forma de agarrar conhecimentos e recursos humanos impres­cindíveis que poderão produzir uma nova geração de 'master teachers/trainers' tão necessária num futuro talvez mais próximo do que pos­samos pensar. Futuro esse que passa pelos "trabalhadores do saber" (expressão usada pelo Prof. António Dias de Figueiredo), ou knowledge workers, pessoas versadas nas telecomunicações, bem informadas, conhecedoras e com capa­cidade de avaliar a informação disponível de uma forma crítica. "
D'EÇA, Teresa Almeida. "Net Aprendizagem. A Internet na Educação". págs. 107-108. Porto Editora:1998

domingo, janeiro 16, 2005

Sugestão de leitura

A obra que se apresenta parte de uma revisão de literatura e de uma reflexão sobre a educação a distância: conceitos, teorias e tec­nologias de suporte; para a partir daí estudar a viabilidade da imple­mentação de iniciativas de formação contínua de professores, em moda­lidade de formação a distância suportada por serviços disponíveis atra­vés da Internet.
Adoptando uma metodologia de estudo de caso, este estudo analisa o "caso" do Curso EASIC - Ensinar e Aprender na Sociedade da Informação e Comunicação, uma iniciativa de formação contínua de professores englobando uma componente presencial e uma outra com­ponente a distância, recorrendo à Internet. O curso é apresentado nas suas múltiplas vertentes: enquadramento institucional, área temática, estrutura da componente a distância e da componente presencial, prin­cípios pedagógicos subjacentes; quer em termos de concepção, quer em termos de implementação do mesmo.
Parte-se de uma diversidade de fontes de recolha de informa­ção de documentos de natureza diversas, entrevistas, notas de campo, registos automáticos de dados, documentos electrónicos, auscultação de opiniões e entrevistas aos participantes para, cruzando a infor­mação proveniente de diferentes fontes e recolhida com diferentes ins­trumentos, se descrever e discutir o caso do curso EASIC. As evidênci­as resultantes deste estudo de caso apontam aspectos diferenciados em relação a potenciais formandos receptivos a este tipo de formação, dão indicações sobre múltiplas vertentes relacionadas com as condiçõ­es de utilização da Internet e de acesso ao website do curso EASIC e sugerem alguns aspectos a levar em linha de conta no desenho de outros cursos de formação em modalidade de e-Iearning.
Partindo deste estudo, realizam-se algumas extrapolações rele­vantes no domínio da formação contínua via Internet, tendo por base um modelo pedagógico baseado na comunicação, interacção e colabo­ração entre todos os participantes. Outros contextos de aplicação deste modelo de formação a distância em modalidade de e-Iearning são suge­ridos como domínios de investigação e prática futuras.
GOMES, Maria João da Silva Ferreira. "Educação a Distância. Um Estudo de Caso sobre Formação Contínua de Professores via Internet". Universidade do Minho. Braga: 2004

E-learning para E-formadores

“A obra E-Learning para E-Formadores reúne um conjunto de abordagens a aspectos diferenciados no domínio do e-Iearning. Trata-se de uma obra que procura realçar as múltiplas dimensões que devem ser consideradas quando nos propomos conceber, desenhar, implementar, dinamizar e avaliar iniciativas de formação em modalidade de e-Iearning. Com este livro pretende-se promover uma reflexão aprofundada no domínio da formação de e-formadores e do e-Iearning, esperando que venha a constituir um texto de referência neste domínio.

A crescente procura de iniciativas de formação em regime de e-Iearning, é um fenómeno cujas razões poderiam ser objecto de exaustiva análise, mas em relação às quais aqui apenas identificamos algumas das que nos parecem mais relevantes:[1] as mudanças económicas e sociais que acentuam cada vez mais a necessidade de disponibilizar oportunidades de formação ao longo da vida; [2] as mudanças demográficas que afectam já, e num futuro muito próximo se acentuarão, a estrutura etária da população, com implicações imensas no mercado de trabalho e simultaneamente no domínio das necessidades de formação e no perfil e características da população-alvo ou dos "clientes" dos sistemas de formação; [3] as potencialidades acrescidas de comunicação a distância, de forma [relativamente] económica, rápida e com forte potencial no domínio do multimédia, decorrentes da rápida e contínua evolução tecnológica; são alguns dos factores que trouxeram o domínio do e-Iearning para a "agenda" das instituições de educação e formação. Esta crescente procura [e oferta] de iniciativas no campo do e-Iearning tem sido acompanhada pela crescente necessidade de formadores com competências para desempenhar actividades neste domínio. No entanto, a escassez de e-formadores especializados, faz com que a necessária regulação do mercado do e-Iearning, ou seja a regulação entre a oferta e a procura continue a não se estabelecer.”

"E-learning para E-formadores", TecMinho, 2004